Conto de um contador

Um dia passeava pelos campos, seguia estradas em que não havia passado ainda, estradas essas cheia de novidades para tal homem. Os campos possuem pastagens, mas também as ervas. Entre um caminhar e outro, um local para aportar, instalar, plantar, cultivar, colher, recolher e seguir o caminho... O processo se repete, mas os locais nunca são os mesmos.

Eis que num desses locais há pessoas e construções. As pessoas não param, mesmo as que vivem paradas, as construções sempre imóveis, mesmo as que estão sempre evoluindo, e nesse ritmo se segue, o indivíduo, um mero ser, não mais que nada, noutro momento passa a ser tudo, regride e progride constantemente num vai e vem incessante.

Mas nesse local também as plantas ainda dominam, os animais ainda se impõem, a natureza de certa forma ainda vive, mas o ser humano persiste na invasão, com novos ciclos, novos vai e vem que se repetem de forma ainda mais incessante.

Ainda nesse mesmo local o vento não refresca, o refresco não sacia a sede, a sede aumenta com o escaldante sol, o sol ajuda a movimentar o vento e o ciclo se repete incessante.

A paz ainda existe, o sonho sempre persiste, a esperança sobrevive e mais que tudo a luta continua e acima de tudo se mantém, incessante.